12 novembro 2014

Quando o chao nos foge dos pés

O momento mais dificl pelo qual já passei foi um misto de alivio e de uma dor inimaginável. Foi no dia em que vi a minha mae partir.
Nao ha momento mais difcil de superar do que aquele em que estamos ao lado de uma pessoa que amamos profundamente e a vemos a seguir a luz. O último olhar, o ultimo respirar e por fim deixar-se ir. A morte assusta-nos. Mete medo. Mas naquele dia ela chegou com os raios de sol a romper numa manha fria de Inverno... era suave e nao assustava. Trazia paz e tranquilidade. Passou por mim e disse que a levaria para um lugar melhor, confortável e sem dor. Sem dor para ela e para nós.
Só quem passa por uma situacao destas sabe o quanto custa sorrirmos quando só nos apetece chorar. O quanto custa segurar na mao e saber que pode ser a última vez. O quanto custa falar... e mesmo assim muitas coisas ficam por dizer. As palavras nao surgem da forma como os pensamentos nos correm. Tentamos respirar, fechar os olhos e pensar ordenadamente e nao se consegue. Foram 9 dias de dúvidas que passaram a certezas, de possibilidades que passaram a decisoes... de um sentimento de impotencia total. O nao se poder fazer nada e simplesmente se estar à espera, é devastador...
Perder-se alguém que amamos é doloroso, sabermos antecipadamente o que vai acontecer, pode permitir "habituarmo-nos" a ideia, mas é... torturante...

28 setembro 2012

Nao sai da cabeca!

Esta é uma daquelas que ouvi uma vez e a melodia ficou cá. Vamos ignorar a letra e os menores (devem ser menores) que a cantam... Gosto!!

E acho que vou ouvir muitas vezes!!

02 março 2012

rainy day?

sem reacção. sem palavras. sem vontade. hoje era o dia ideal para estar a chover torrencialmente e eu ficar no recanto do meu sofá com o comando numa mão e uma chávena de chá na outra. mas apesar de tudo não é isso que vai acontecer (até porque não chove!). o recanto fica para amanha e a chávena de chá para mais logo quando chegar a casa.

apetece dizer(-te) que as interpretações que se dão as coisas são aquelas que queremos dar e nem sempre as reais. quero dizer(-te) que afinal o que não me incomodava talvez comece a incomodar. quero dizer(-te) que não chega. mas as palavras não saem e as oportunidades perdem-se...

31 janeiro 2012

O percurso de uma vida

Um jantar divertido, uma noite de rodopios e gargalhadas, uma tarde de praia que termina a apreciar o horizonte e o por do sol, viagens de 3h e 4h a dizer parvoíces ou a trocar inconfidências. São estes os resquícios de boas recordações. De uma amizade, de um amor, de momentos vividos a dois, a três, a quatro.
Quando olhamos para trás fica um sabor doce e amargo. Fomos tão felizes, são pequenos momentos destes que contribuem para a felicidade. Mas são momentos que poderão não se repetir, pensamos. E depois temos a certeza: não se irão repetir.

Diríamos que o importante é ter aproveitado cada minuto e guardar isso na bagagem e fotografar na nossa memória para não esquecer. É verdade que é importante, mas não deixa de ser menos importante o porque de momentos desses já não se repetirem.
Cada caminho que escolhemos, mesmo sendo atalhos, vão ditar o nosso percurso, o rumo que vamos seguir na vida. É uma viagem longa e por ela muito se irá perder. Histórias, vidas, objectos, pessoas. É necessário que isso aconteca para chegarmos ao nosso destino. Muitas vezes essas perdas recuperam-se, outras vezes nao...

No final de tudo temos de ter a capacidade de avaliar se realmente faz falta ou se é apenas por uma questao de hábito...

15 janeiro 2012

surprise!

Depois de ter assistido a um filme que valeu o que paguei para ver no cinema (Sherlock Holmes: the Game of Shadows), sou mais uma vez surpreendida. Odeio ser surpreendida, principalmente quando a outra parte pressupõe que estou a par. Esta é apenas mais uma das algumas do ultimamente. Custa muito deixar alguém para trás e mantê-lo fora do nosso meio, mas provavelmente custará muito menos agora que mais tarde.

Em compensação, quando se fecha uma porta abre-se uma janela. Que permite entrar uma brisa e nos deixa respirar... um ar novo, revigorante, sedutor e desejável. Este é o ar que respiro e que quero respirar. Esperando que permaneça...

15 outubro 2011

há dias assim

A personalidade é o que caracteriza cada um. Chamamos-lhe personalidade, mas muitas vezes referimo-nos ao feitio. Bom ou mau, todos temos o nosso e muitas vezes é motivado pelo que nos rodeia. Pessoas, accoes, sentimentos, atitudes. E no meio disto tudo, há dias em que nos cansamos do que nos rodeia e precisamos de uma pausa. De mudar de ambiente e sentir que o que nos rodeia não é mais do mesmo. Não me refiro a mudança, refiro-me a variar. Por muito que se goste de bife com batata frita, não se pode comer sempre o mesmo. Porque enjoa e porque sabemos que nos faz mal.